sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

...sobre futebol e negócios...

No artigo publicado na coluna Opinião por Mauro Beting, no LANCE! De Hoje pág 20, sob o titulo: “Família vende tudo”. O jornalista informa que o ARSENAL, o todo poderoso, o maior vencedor de todos os tempos, pertencente ao aclamado e mais rico futebol do mundo – o Inglês - tem uma divida estimada em 270milhões de Euros.
Na opinião do Mauro Beting, mesmo assim, o modelo de gestão Inglês é muito melhor do que o nosso... Eu particularmente discordo dele. Não acho que possa ser considerado bom um modelo de gestão que ocasiona um rombo deste tamanho.
Na argumentação do autor: "...é melhor ter um clube que pode ser comprado e vendido ao dissabor do mercado, do que a nossa velha estrutura de conselhos deliberativos que nada deliberam..."
Sinceramente discordo completamente do Mauro, os 2 modelos de gestão são inadequados. A diferença no modelo Inglês é que eles fingem ser competentes e profissionais, mas utilizam os clubes para interesses pessoais. Tanto lá, quanto aqui, o interesse é apenas um GANHAR DINHEIRO DE FORMA ASTRONOMICA E IRRESPONSÁVEL. Não acredito que entre estes dois modelos atualmente postos no cenário se possa escolher um que seja melhor do que o outro. Clubes de Futebol, ainda que devam ser administrados de forma profissional não são empresas comuns, são antes de mais nada “empresas de paixões” e não podem ser vendidas e compradas ao dissabor de mercado, como ocorreu por exemplo com o Barueri, que terminado o Brasileiro de 2009, simplesmente se mudou de mala e cuia para Presidente Prudente, porque era mais interessante economicamente. Por outro lado, Clubes de Futebol não podem ser encarados por quem os administra como o “seu time de pelada”. Há que se encontrar um meio termo entre uma coisa e a outra para que se chegue ao modelo ideal. E tudo começa por uma revisão de valores. Nada justifica (nem mesmo todas as belas e plásticas jogadas produzidas) os astronômicos e absurdos salários dos jogadores de futebol. Nada justifica Adriano (por mais craque que seja) receber R$600 mil por mês, o que dará ao final de 1 ano a alarmante e insana montanha de R$7.200.000,00!!!! O valor total anual de patrocínio do futebol do Clube de Regatas do Flamengo é de R$25.000.000,00 ou seja o Adriano vale (??) UM TERÇO do que vale a marca FLAMENGO?!?! Sinceramente, por mais saboroso que seja vê-lo jogar, por mais que ele tenha sido fundamental na conquista do Hexa, eu não acho que vale! Nem ele, e nem nenhum outro! São 114 anos de uma história gloriosa, construída por inúmeros nomes não apenas no futebol, mas em todos os esportes... Enquanto este modelo de inversão de valores não for revisto, não creio que diferentes formas de gestão representarão solução para o “negócio futebol”.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O filho do Romário...

Absolutamente ridícula e desnecessária a reportagem no Globo Esporte sobre o filho do Romário, hoje (4 de Fevereiro 2010).

Não pelo garoto, mas pela linha escolhida para abordagem.

Não ajuda em nada, colocar sobre o mlk o peso do “será que ele herdou a genética privilegiada?” Nem ao atleta, nem ao homem!

E pior ainda, é estimular a vaidade do “sabe de quem eu sou filho” no mlk que durante a entrevista por hora nem mostrou te-la.

Se no futuro, ele passar a exigir privilégios em função do nome, essa mesma imprensa será a 1ª a critica-lo com os famosos: “nossos craques são mimados, futebol brasileiro é a casa da mãe Joana” e blá-blá-blá...

Seria muito mais útil se a reportagem estivesse valorizando a luta do garoto para buscar o seu espaço, e construir a SUA PRÓPRIA história, independente de ser filho de quem é!